fbpx

Entenda como funciona golpe no WhatsApp que vitimou deputados federais

Nos últimos dois dias, dois deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT) se disseram vítimas de estelionato praticado por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp.

O golpe é comum, os criminosos clonam o WhatsApp e se passam pelos reais proprietários, pedindo favores bancários como depósitos e pagamento de boletos. Como desculpa, sempre contam que estão com dificuldade de acessar o banco e por isso precisam desse favor.

As vítimas desta semana foram os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Adelmo Leão (PT-MG). Mas eles não são os primeiros, em maio de 2017, por exemplo, o hoje ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMBD-MS) foi mais uma vítima.

De acordo com o site UOL, o Departamento de Polícia Legislativa da Câmara enviou um alerta sobre “a ocorrência de tentativas de golpe envolvendo a clonagem de contas de WhatsApp pertencentes a parlamentares com o intuito de solicitar transferências de quantias em dinheiro ou outros favores”.

A reportagem do UOL informa ainda que no caso do deputado Adelmo Leão um assessor chegou a pagar o boleto. Após um outro colega contar no grupo que era golpe, quem controlava a conta naquele momento mandou uma mensagem com risadas para o grupo.

Especialista em Direito Digital, o advogado Alexandre Atheniense explica que, muitas vezes, esse golpe acontece com a conivência de alguém infiltrado dentro das operadoras de telefonia. Com a ajuda dessa pessoa, o responsável pelo golpe consegue transferir o número da vítima para outro chip temporariamente e faz a reinstalação do aplicativo em outro aparelho, recuperando os dados e contatos.

“Com isso ele aplica o golpe, mesmo sendo o WhatsApp um aplicativo considerado seguro, com criptografia de ponta a ponta. Assim que conseguem ter acesso à conta, reinstalam o aplicativo em nome do real titula. A partir daí, fazem uma engenharia social, montam uma história e aplicam o golpe”, explica.

A advogada Juliana Abrusio, conta que as vítimas desse tipo de estelionato devem procurar assessoria jurídica para tentar investigar a origem da fraude.

“Um dos caminhos é fazer a identificação da origem do envio. Também é possível investigar para qual conta bancária o boleto foi recolhido indevidamente. São meios de investigação para identificar uma possível quadrilha”, explica.

Apesar de não ser fácil a identificação, ela diz que não é impossível. De acordo com a advogada, o escritório possui muitos casos com resultados exitosos para a identificação do criminoso.

Verificação em duas etapas
Para aumentar a segurança dos usuários, o WhatsApp oferece um recurso chamado “verificação em duas etapas”. Ao ativar esse recurso, qualquer tentativa de reinstalar o aplicativo, mesmo com o mesmo número de telefone, terá de ser acompanhada por uma senha de seis dígitos criada pelo usuário.

Para evitar o esquecimento da senha, o WhatsApp informa que o código também será solicitado periodicamente. Mesmo assim, o sistema permite que seja cadastrado um e-mail o caso de alguém não conseguir lembrar o código.

Nesse caso, o próprio aplicativo alerta quem receber um e-mail para desativar o recurso a não clicar no link, caso não tenha solicitado a mudança. Isso significa que alguém pode estar tentando registrar o número no WhatsApp em outro aparelho.

Para ativar a verificação em duas etapas, basta abrir o aplicativo WhatsApp e clicar em configurações > conta > Verificação em duas etapas > Ativar.

Fonte: ConJur

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email

Leia também